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sábado, 13 de fevereiro de 2016

PROTESTO NEGÃO
















Eu sou um negro da nossa África ancestral
Vivia feliz no meu paraíso florestal
Vieram uns brancos bárbaros me sequestrar
Para em terras que tomaram dos índios me escravizar

Em navios imundos eu vim acorrentado
E debaixo de chibatadas a trabalhar fui obrigado
Das meninas abusaram
Das mulheres abusaram
Que não tínhamos alma que éramos animais
Eram descabidas justificativas tais

Eram tantos protestos tanta indignação
Tantos já censuravam aquela aberração
Mas enfim me largaram pelas ruas jogado
Sem teto e sem pão,  humilhado

E ainda querem a religião do meu povo esculhambar
Deus Olorum criou nosso mundo, e querem desrespeitar
E falam mal da minha pele porque tem o tom escuro
E falam mal da natureza do meu cabelo duro

Dizem que sou inferior
Eles que praticaram tanto horror

Mas eu vou exigir reparação
Vou cobrar indenização
Por danos morais e materiais
Por séculos de sofrimentos imorais

Mas no couro eu vou batucar
Para chamar o meu orixá
Que vai me ajudar a me afirmar
Meus sambas vou mandar


Mas no meu reggae eu vou bradar
no meu jazz no meu blues detonar

Vou mostrar como se joga capoeira
Nos racistas eu vou dar rasteira

Eles vão ver que Deus me dá energia
E Deus é Olorum e é quem me guia

Quem criou nosso mundo foi Deus,  Olorum
nem venha que não foi outro Deus nenhum


Vou mostrar como se joga capoeira
Nos racistas eu vou dar rasteira

É nosso Deus Olorum que vou louvar
É nosso Deus Olorum que vou adorar
E quem não quiser vá se danar
Que eu já tô pra estourar

Vou mostrar como se joga capoeira
Nos racistas eu vou dar rasteira

Quem criou nosso mundo foi Olorum
não foi outro Deus nenhum
não foi Olorum uma ova !
Eu quero é prova !

Nem venha pra cá !
Eu sou do meu Pai Oxalá
Meu Senhor do Bonfim
é quem olha por mim
 
Eu sou um negro da nossa África ancestral
Vivia feliz no meu paraíso florestal
Vieram uns brancos bárbaros me sequestrar
Para em terras que tomaram dos índios me escravizar

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