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terça-feira, 24 de abril de 2018

Cabuloso














Na vida há repugnâncias
Eu fiquei estupefato
Um amigo de infância
Há um tempo já não o via, de fato

Quando vi, levei aquele baque
No astral mais nojento, cabuloso
No esgoto, fumando crack
Que lance mais asqueroso

Quando criança brincava
Às vezes, claro, aprontava
Mas até que estudava
E a vida mesmo amava

Até que era um cara divertido
Mas também muito espirituoso
Se era festa,  tava lá confluído
Mas era também alguém curioso

Quando vi, levei aquele baque
No astral mais nojento, cabuloso
No esgoto, fumando crack
Que lance mais que angustioso

Soube dele da última vez quando
A vida estava bem desfrutando
Até uma bela mina namorando
Coisas também estava aventando

Agora soube que ficou pirado
Uns dizem, enfeitiçado
Já outros,  endemoniado 
Pra outros, tá carregado

Tem papo de possuído
Até de abduzido
E na rua tem vivido
Desde que nisso metido

Quando vi, levei aquele baque
No astral mais nojento, cabuloso
No esgoto, fumando crack
Que lance mais que angustioso

Eu desejo a meu amigo Maia
Da beira desse abismo que se saia
Tenha em Deus a força, o poder
E a inteligência para o tal vencer

Que retome seu senso natural
Recomece nova vida normal
Retornando ao convívio social
Que até que é um cara legal


Quando vi, levei aquele baque
No astral mais nojento, cabuloso
No esgoto, fumando crack
Que lance mais que angustioso

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